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17 de Abril de 2025, 12h:54 - A | A

POLÍCIA / APREENDIDO EM GOIÁS

Adolescente é membro de grupo que incentivava homicídios, suicídio e automutilação nas redes sociais

Polícia Civil cumpriu um mandado de internação provisória e de busca e apreensão na casa do suspeito, em Goiânia

REDAÇÃO G5



Um adolescente foi apreendido em Goiânia sob suspeita de participar de um grupo que incentivava crimes de ódio na internet, conforme a Polícia Civil. A apreensão ocorreu durante a Operação Adolescência Segura, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) com apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança, que combate crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes em diversos estados do país.

Segundo a polícia, o alvo da operação é um dos maiores grupos que atuam em plataformas digitais para atrair jovens com "práticas ilícitas e de risco, incluindo a indução à autolesão". Além dos crimes de ódio, a organização é suspeita de incentivar outros crimes pela internet, como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais e apologia ao nazismo.

Na casa do adolescente, os agentes encontraram uma arma de brinquedo, uma máscara do personagem Ghostface do filme "Pânico" e duas luvas com estampa de esqueleto. Os objetos foram apreendidos durante o cumprimento de um mandado de internação provisória e de busca e apreensão, na terça-feira (15).

A Operação Adolescência Segura resultou na prisão de dois homens e na apreensão de sete adolescentes em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão.

A polícia informou que as investigações começaram em 18 de fevereiro de 2025, após um morador em situação de rua ser atacado e ter 70% do corpo queimado no Rio de Janeiro. Outro adolescente é suspeito de ter provocado as chamas ao atirar dois coquetéis molotov. O crime foi filmado e transmitido ao vivo na internet por um homem.

As investigações revelaram que a ação fazia parte dos crimes orquestrados por administradores que agiam em servidores virtuais, com "mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar". O grupo se organizava por meio de plataformas de comunicação criptografadas, como Discord e Telegram, além de redes sociais populares.

As investigações continuam para identificar outros membros da organização. Os investigados responderão por crimes como associação, indução ou instigação à automutilação, maus-tratos a animais e outros, cujas penas podem ultrapassar mais de 10 anos de reclusão.

 

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