REDAÇÃO G5
Em um cenário preocupante, determinados candidatos têm aprendido a utilizar o poder judiciário durante o período eleitoral para coagir jornalistas e impedir a veiculação de matérias que consideram negativas. Essa prática visa censurar a imprensa e evitar que informações potencialmente prejudiciais cheguem aos eleitores.
A estratégia envolve recorrer ao judiciário para obter liminares que suspendam a publicação de reportagens que expõem deslizes cometidos pelos candidatos durante o exercício de cargos públicos ou investigações em andamento. Essa tática não apenas limita a liberdade de imprensa, mas também prejudica o direito dos eleitores de serem informados sobre o histórico e as ações dos candidatos.
>>> Clique aqui e receba notícias de Goiás na palma da sua mão
>>> Acesse este link e siga a notícia em tempo real no Instagram
O papel da imprensa é fundamental para garantir que os eleitores tenham acesso a informações completas e verídicas sobre os candidatos. Isso inclui detalhes sobre o desempenho dos candidatos em cargos anteriores, suas votações em matérias importantes e sua conduta durante o exercício de funções públicas. Os eleitores têm o direito de saber se os candidatos agiram de acordo com seus valores morais e expectativas.
O G5News conversou com advogado Doutor Fayyad Fernandes Araújo, especialista em Direito Eleitoral, que deu um parecer de como a Justiça entende esse "uso da Lei" e avalia quando é "abuso", "meio de boicotar a imprensa", ou quando realmente determinado candidato tem razão.
O especialista explica que alguns candidatos estão utilizando o poder judiciário de forma exacerbada para silenciar a imprensa. Quando uma matéria veicula fatos que os candidatos consideram prejudiciais, eles rapidamente recorrem ao judiciário para discutir a questão e obter liminares que suspendam a publicação.
"Essa prática não apenas censura à imprensa, mas também prejudica os eleitores, que ficam sem acesso às informações cruciais para tomar decisões e escolher seus candidatos", aponta Fayyad.
O advogado ressaltou ainda que a liberdade de imprensa é um pilar essencial da democracia, e qualquer tentativa de censura deve ser vista com preocupação.
"É fundamental que os jornalistas possam exercer seu trabalho sem medo de represálias judiciais, garantindo que os eleitores tenham acesso a todas as informações necessárias para escolher seus representantes de forma consciente".