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08 de Setembro de 2024, 14h:34 - A | A

G5 ENTREVISTA / ESTRATÉGIA DE CENSURA

"Candidatos aprenderam usar o judiciário para coagir jornalistas", diz advogado - ASSISTA

A estratégia envolve recorrer ao judiciário para obter liminares que suspendam a publicação de reportagens que expõem deslizes cometidos pelos candidatos ou investigações em andamento

REDAÇÃO G5



Em um cenário preocupante, determinados candidatos têm aprendido a utilizar o poder judiciário durante o período eleitoral para coagir jornalistas e impedir a veiculação de matérias que consideram negativas. Essa prática visa censurar a imprensa e evitar que informações potencialmente prejudiciais cheguem aos eleitores.

A estratégia envolve recorrer ao judiciário para obter liminares que suspendam a publicação de reportagens que expõem deslizes cometidos pelos candidatos durante o exercício de cargos públicos ou investigações em andamento. Essa tática não apenas limita a liberdade de imprensa, mas também prejudica o direito dos eleitores de serem informados sobre o histórico e as ações dos candidatos.

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O papel da imprensa é fundamental para garantir que os eleitores tenham acesso a informações completas e verídicas sobre os candidatos. Isso inclui detalhes sobre o desempenho dos candidatos em cargos anteriores, suas votações em matérias importantes e sua conduta durante o exercício de funções públicas. Os eleitores têm o direito de saber se os candidatos agiram de acordo com seus valores morais e expectativas.

O G5News conversou com advogado Doutor Fayyad Fernandes Araújoespecialista em Direito Eleitoral, que deu um parecer de como a Justiça entende esse "uso da Lei" e avalia quando é "abuso", "meio de boicotar a imprensa", ou quando realmente determinado candidato tem razão.

O especialista explica que alguns candidatos estão utilizando o poder judiciário de forma exacerbada para silenciar a imprensa. Quando uma matéria veicula fatos que os candidatos consideram prejudiciais, eles rapidamente recorrem ao judiciário para discutir a questão e obter liminares que suspendam a publicação.

"Essa prática não apenas censura à imprensa, mas também prejudica os eleitores, que ficam sem acesso às informações cruciais para tomar decisões e escolher seus candidatos", aponta Fayyad.

O advogado ressaltou ainda que a liberdade de imprensa é um pilar essencial da democracia, e qualquer tentativa de censura deve ser vista com preocupação.

"É fundamental que os jornalistas possam exercer seu trabalho sem medo de represálias judiciais, garantindo que os eleitores tenham acesso a todas as informações necessárias para escolher seus representantes de forma consciente".

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