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14 de Abril de 2025, 06h:33 - A | A

BLOG DO SOUSA / OPORTUNISMO EM ALTA

Bruno Peixoto age nos bastidores para cavar vaga de vice de Daniel, o que seria um desastre

O presidente da Alego, como se já não fosse o bastante o estrago financeiro que promove no comando do Legislativo estadual, trabalha nos bastidores para se escolhido para a vice-governadoria.

RAFAEL DE SOUSA
REDAÇÃO G5



Há tempos a política goiana convive com figuras controversas e de notória vaidade. Mas poucos se destacam tanto nesse quesito como o atual presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB). Agora, como se já não fosse o bastante o estrago financeiro que promove no comando do Legislativo estadual, Bruno trabalha nos bastidores — como é típico de políticos de sua estirpe — para alcançar um novo patamar na sua escalada pessoal: ser o vice de Daniel Vilela (MDB) em 2026.

A informação, publicada pela coluna Giro, no jornal O Popular, nesta segunda-feira (14), não chega a ser surpreendente.

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Basta observar a movimentação sutil (nem tão sutil assim) do deputado nos últimos meses: distribuição de cargos estratégicos a aliados inexpressivos, acordos questionáveis e muito jogo de cena. Ele vive em constante campanha por cargos e poder — ainda que para isso precise transformar a Alego em moeda de troca barata, o que já vem fazendo com maestria.

Bruno Peixoto é conhecido por sua habilidade — ou melhor, insistência — em colecionar inimigos e desagradar até mesmo os que um dia lhe estenderam a mão. Internamente, é alvo do desprezo de diversos servidores da Casa, que enxergam em sua gestão um apanhado vergonhoso de autoritarismo camuflado por sorrisos e discursos vazios.

Políticos da base também não esquecem sua traição: patrocinador velado (e às vezes nem tão velado) de uma campanha contra o então candidato da base caiadista, Jânio Darrot (MDB), Bruno não hesitou em abrir o próprio bolso — e, segundo rumores, até mesmo o caixa da presidência — para movimentar portais de notícias e sabotar quem estava no caminho de sua ambição eleitoral.

E por que tanto empenho? Porque Bruno queria ser o escolhido de Ronaldo Caiado (UB) como candidato à Prefeitura de Goiânia — desejo que desmoronou com a escolha do atual prefeito, Sandro Mabel, uma aposta pessoal do governador.

Frustrado, Bruno não engoliu a rejeição. Tentou emplacar sua esposa como vice de Mabel, ainda que de forma sorrateira, plantando matérias simpáticas à ideia em blogs amigos da corte. Deu com os burros n’água de novo: a esposa foi vetada. Teve que se contentar com a indicação da Coronel Cláudia, atual vice-prefeita, uma carta menos ruidosa no tabuleiro político.

O grande legado de Bruno Peixoto à frente da Assembleia é, no fim das contas, uma sequência de escândalos administrativos e moralmente questionáveis. Sua marca registrada: a farra com o dinheiro público. Carros de luxo para deputados? Check. Nomeações em massa de cabos eleitorais e políticos fracassados? Check. Um Legislativo que mais parece uma extensão do seu projeto pessoal de poder? Confirmado.

O parlamento goiano se transformou num verdadeiro parque de diversões bancado pelos contribuintes. Em vez de zelar pela transparência, pela eficiência administrativa e pelo fortalecimento institucional, Bruno fez da Assembleia seu curral eleitoral premium. E agora sonha com o Palácio das Esmeraldas, nem que seja pela porta dos fundos: ocupando uma vice-governadoria que, nas mãos dele, teria um custo político impagável para o grupo de Caiado.

Para um governador defensor da moralidade pública, da seriedade administrativa e do alinhamento político ideológico, seria no mínimo contraditório — para não dizer suicida — abrir espaço para alguém com a ficha e o histórico de Bruno Peixoto. Sua presença como vice de Daniel Vilela seria mais do que um erro estratégico: seria um desastre político com data para acontecer. 

Ele quer ser governador por tabela, já que Daniel, caso seja reeleito, não poderá disputar o Palácio das Esmeraldas novamente, e, caso de renúncia do emedebista para disputar o Senado, o presidente da Alego se tornaria governador, podendo disputar à reeleição.

E se história recente for indicativo, Bruno continuará movendo seus "pauzinhos", fazendo tudo nos bastidores: distribuindo cargos, acordando apoios, patrocinando narrativas simpáticas para si e tentando, a todo custo, reaparecer como protagonista de uma política que a sociedade já não tolera. O problema é que, enquanto ele joga xadrez, o povo goiano segue pagando a conta.

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