Goiânia, 23 de Abril de 2025
icon-weather
0°C 0°C
logo

17 de Abril de 2025, 10h:47 - A | A

GERAL / EM EVENTO NA OAB

Advogada acusa oficial da PM: "Senti o p3nIs latejante encostando na minha bund4"; veja vídeo

Advogada alega que a denúncia está sendo acobertada pelas autoridades; já o tenente-coronel da PM afirma que as acusações são falsas

REDAÇÃO G5



​A advogada Suely Gabrielle Ferreira Leandro, de 31 anos, presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Planaltina (DF), acusa o subcomandante do 11º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM) de Goiás, tenente-coronel Júnio dos Santos Ferreira, de assédio sexual. Segundo a advogada, o oficial encostou a genitália em suas nádegas durante um evento promovido pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), no auditório da OAB em Formosa.

o militar nega as acusações e afirma que provará sua inocência.

Em um áudio enviado a uma amiga, Suely desabafou sobre o ocorrido:

"O que me deixou emputecida foi sentir a porra da calça dele encostando na minha bunda, e ainda estava latejante [o pênis]. Podem existir várias teses argumentativas, mas quem sentiu fui eu. O direito sobre o meu corpo foi violado". A advogada explicou que a palavra "porra" foi usada como força de expressão e não se refere a sêmen.

Em relato, Suely afirmou que o policial "fingiu que estava sem espaço e, ao passar por mim, encoxou". Ela alega que não havia câmeras no auditório da OAB que pudessem ter registrado a cena e que, durante as investigações, foram ouvidas apenas pessoas próximas ao PM.

"A OAB de Formosa não prestou apoio a mim", disse.

Após o episódio, Suely procurou as autoridades para solicitar a investigação do caso, mas afirma ter sido informada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás que outras denúncias de assédio sexual contra o oficial já teriam sido arquivadas. Ela também relata que um oficial do Conselho Comunitário de Segurança e Defesa Social (Conseg-GO) teria argumentado que o tenente-coronel Júnio dos Santos Ferreira "era gay" e que, por isso, não poderia ter cometido o assédio.

A advogada deu prosseguimento à denúncia no Ministério da Justiça e da Segurança Pública, mas a apuração do caso não avançou. Ela diz ter percebido um "jogo de distorções" por parte das autoridades para blindar o suposto assediador. "A polícia é uma corporação que se protege. Há camadas de proteção em torno do oficial", sustentou.

O tenente-coronel Júnio dos Santos Ferreira, por sua vez, afirmou que as acusações são falsas e que provará a sua inocência.

"No momento o que eu tenho a relatar é o seguinte: o fato está sendo apurado, entretanto, não são verdadeiras as acusações que estão sendo feitas contra mim, e no momento oportuno tudo será esclarecido provando a minha inocência. Informo também que o presente fato já foi devidamente apurado e esclarecido pela Corregedoria da Polícia Militar de Goiás".

Em setembro de 2021, o tenente-coronel recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa de Alto Paraíso de Goiás pelo "excelente trabalho em defesa da população Alto-Paraisense".

O presidente da Subseção da OAB de Formosa, Leoson Carlos, disse que está acompanhando as investigações, prestando solidariedade e cobrando das autoridades a apuração dos fatos.

"Neste sentido, a sindicância realizada pela Polícia Militar [de Goiás] foi arquivada por falta de provas. Atualmente, há um inquérito na Polícia Civil que investiga o fato". Suely, no entanto, alega que não recebeu o apoio necessário da OAB de Formosa. O evento que ensejou a denúncia ocorreu em 16 de abril de 2024, há exatamente um ano.

>>> Clique aqui e receba notícias de Goiás na palma da sua mão

>>> Acesse este link e siga a notícia em tempo real no Instagram

Comente esta notícia

/ 62 99327-3322
Rua T5, Goiânia / GO
G5NEWS
facebook instagram twitter youtube whatsapp