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20 de Julho de 2024, 04h:48 - A | A

ACRE / SECA EXTREMA

Municípios do Acre à beira do colapso por falta d"água

Cidades de Feijó, Epitaciolândia e Bujari a decretarem estado de emergência nesta semana

REDAÇÃO G5



A estiagem severa que atinge o Acre levou os municípios de Feijó, Epitaciolândia e Bujari a decretarem estado de emergência nesta semana. A medida visa combater os efeitos da seca extrema nos rios e igarapés da região, que já afetam o abastecimento de água e ameaçam o isolamento de comunidades ribeirinhas e indígenas.

Esta situação crítica se soma ao estado de emergência decretado pelo governo estadual em 11 de junho, devido à falta de chuvas e ao risco de incêndios florestais. O cenário se agravou com a publicação de um decreto de emergência em Rio Branco, no dia 28 de junho, motivado pelo baixo nível do Rio Acre.

Impactos 

Os decretos municipais destacam a redução drástica dos níveis dos principais rios da região, como o Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira e Iaco. A previsão de poucas chuvas nos próximos 90 dias agrava ainda mais o problema.

Em Bujari, a seca já secou poços artesianos e igarapés, obrigando o fornecimento de água potável para diversas comunidades. A cidade, que enfrentou uma grave crise hídrica em 2017, teme reviver o problema.

Em Feijó, a preocupação é com o isolamento de ribeirinhos e indígenas devido à falta de navegabilidade dos rios, o que dificulta o acesso a alimentos e insumos básicos.

Epitaciolândia, por sua vez, sofre com o desabastecimento de água que atinge 18 mil moradores e órgãos públicos. A cidade, que enfrentou uma grande cheia no início do ano, agora luta contra a seca.

Seca Antecipada e Mudanças Climáticas

A situação do Rio Acre é emblemática da crise hídrica. Após atingir a segunda maior cota histórica em uma enchente devastadora, o rio agora apresenta níveis alarmantes, abaixo de 4 metros desde abril. Especialistas alertam para a possibilidade de secas cada vez mais frequentes e intensas em um curto espaço de tempo, o que pode ser um reflexo das mudanças climáticas.

Diante desse cenário preocupante, o governo do Acre criou um gabinete de crise para coordenar ações de combate à seca e aos incêndios florestais. O plano estadual de contingência já está em andamento, com a Defesa Civil em alerta para atender às necessidades da população afetada.

Um futuro incerto

A seca extrema no Acre levanta questões sobre a capacidade de adaptação da região às mudanças climáticas. A necessidade de investimentos em infraestrutura hídrica e medidas de prevenção de desastres se torna cada vez mais urgente. Enquanto isso, a população local sofre com os impactos da falta de água, enfrentando um futuro incerto e desafiador.

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