Essa posição foi comunicada após a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), mulher trans, denunciar que seu visto diplomático foi emitido com o gênero masculino, desconsiderando seus documentos oficiais brasileiros que a identificam como mulher .
A embaixada justificou sua ação com base na Ordem Executiva 14168, assinada pelo ex-presidente Donald Trump em 20 de janeiro de 2025. Essa ordem determina que departamentos federais dos EUA reconheçam apenas os sexos masculino e feminino como imutáveis desde o nascimento, proibindo a autoidentificação de gênero em documentos federais, como passaportes .
Erika Hilton, convidada para palestrar em eventos na Universidade de Harvard e no MIT, classificou o ocorrido como transfobia de Estado e desrespeito à soberania brasileira. Ela afirmou que acionará instâncias internacionais, como a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, contra o governo dos EUA .
O Itamaraty está avaliando a possibilidade de uma reunião entre a deputada e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir o caso .