REDAÇÃO G5
Uma criança de 6 anos morreu após ser medicada em um hospital de Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. Maria Eduarda Ferreira da Silva foi levada à unidade de saúde na manhã desta terça-feira (15), passando mal, com um quadro de asma exacerbada. Um minuto após receber um remédio na veia, começou a piorar, entrou em parada cardiorrespiratória e faleceu. A família denuncia negligência médica. “Mataram a minha filha”, disse Ana Silva, mãe de Maria Eduarda.
A família deu entrada no Hospital Municipal da Cidade Ocidental às 7h17. De acordo Eduardo Silva, pai da menina, a filha saiu de casa andando, e morreu, ao lado da mãe, após ser medicada. O Metrópoles teve acesso ao laudo da paciente. O documento descreve que Maria Eduarda apresentou um histórico de desconforto respiratório, com episódio de asma exacerbada. Ela não apresentava outras queixas no momento da admissão à unidade de saúde.
Laudo médico
Maria Eduarda passou por consulta e recebeu prescrita médica para receber remédio na veia. De acordo com o laudo, ela tomou “hidrocortisona”. Um minuto após ser medicada, a menina “se apresentou irresponsiva, sem pulsos periféricos e centrais, cianótica, pupilas ficas e midriáticas”, como consta no relatório médico. Em seguida, Maria Eduarda entrou em parada cardiorrespiratória.
A equipe médica atuou rapidamente, levando a criança a outro box de emergência, onde foram realizadas duas horas de tentativa de reanimação. Depois, foi constatado o óbito. Ainda no relatório, o médico que fez o atendimento, disse que “oferecia conforto aos familiares e os orientou a realizar boletim de ocorrência”.
“Mataram minha filha”
Eduardo Silva, pai da menina, gravou um vídeo para a página Radar Santa Maria. Enquanto fala, não contém as lágrimas e fala sobre a suspeita de que deram uma dosagem mais alta que o recomendado para a filha. O vídeo foi gravado na porta da Delegacia da Cidade Ocidental. Aos prantos, Eduardo pede justiça pela morte da menina. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga o caso.
A coluna Na Mira entrou em contato com a Prefeitura Municipal da Cidade Ocidental. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que a mãe da criança chegou ao Hospital Municipal às 7h17 sem afirmar que a garota sofria de asma. “Segundo relato familiar, a criança não possuía comorbidades ou alergias conhecidas”, alega. “Às 7h37, já estava em atendimento médico, quando a mãe informou histórico de crises asmáticas”, defende-se a pasta.
A secretaria confirma que os médicos identificaram “quadro compatível com crise asmática exacerbada” e decidiram prescrever hidrocortisona 100 mg para a criança “como parte do tratamento inicial”. “Poucos minutos após a administração do medicamento, a paciente apresentou súbita piora clínica, evoluindo para estado de inconsciência”, atesta o órgão.
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